Você desenvolveu um ótimo método cromatográfico e agora vai validá-lo. Qual a principal e crucial pergunta? Não é sobre a precisão, exatidão ou linearidade, mas sim, a principal pergunta é: “Meu pico cromatográfico é homogêneo (puro) e portanto consigo quantificar meu analito com total seletividade, mesmo na presença de diluentes, excipientes, interferentes ou compostos relacionados ou estruturas similares?”
Percebeu-se, devido as exigências, que a principal característica dos métodos analíticos de excelência é a capacidade de identificar inequivocamente um analito, fazer distinção entre suas formas e outros interferentes e quantificar o analito mesmo na presença de outras substâncias.

Para se avaliar a seletividade várias são as ferramentas, como:
- co-eluição
- verificação de pureza com o uso de DAD (cálculo de pureza do pico)
- verificação de pureza com o uso de MS
- análise de formato de pico (simetria)

Porém, quando nenhuma ferramenta permite a confirmação perfeita da seletividade atualmente as normas citam o uso de métodos analíticos ortogonais (referências: ISO 17025, RDC 166/2017 etc), o que significa o uso de dois métodos analíticos combinados ou técnicas cromatográficas ortogonais.
Métodos ortogonais podem ser aplicados no intuito de se obter uma melhora na seletividade e resolver problemas de co-eluição. Como requisitos gerais os métodos ortogonais cromatográficos devem apresentar mudanças significativas em suas condições e permitir resoluções maiores que 1,5 entre os picos.
De modo simples, métodos ortogonais são aqueles em que se obtém diferença significativa de tempos de eluição e se atinja os seguintes objetivos:
- melhoria de resolução
- expor bandas co-eluídas
- cromatografia em 2 dimnsões (2D)
Estes e outros assuntos relacionados a validação de métodos analíticos são tratados no Curso Validação de Métodos Analíticos da CROMVALLab. Inscrições e informações cromvallab.com ou cromvallab@gmail.com.